Cirurgias robóticas, testes genéticos e novos medicamentos estão transformando o tratamento do câncer de próstata no Brasil.
Os avanços combinam precisão cirúrgica, recuperação mais rápida e terapias cada vez mais personalizadas — um salto importante no enfrentamento do tumor mais comum entre os homens brasileiros.
Com a incorporação da cirurgia robótica ao Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes passam a ter acesso a procedimentos mais delicados, com menor risco de sangramento, impotência e incontinência.
Ao mesmo tempo, testes genéticos ajudam a identificar o tratamento mais eficaz para cada caso, e novos fármacos ampliam o controle da doença com menos efeitos adversos.
“A robótica trouxe uma revolução silenciosa. As cirurgias ficaram mais delicadas e seguras, com maior preservação dos nervos responsáveis pela ereção e pela continência urinária”, explica o urologista Vinicius Paníco, do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Robótica no SUS
A cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata foi oficialmente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em outubro de 2025, conforme portaria publicada pelo Ministério da Saúde.
A medida inclui a prostatectomia radical assistida por robô para pacientes com câncer localizado ou clinicamente avançado, e prevê prazo máximo de 180 dias para que os hospitais credenciados implementem o procedimento.
Segundo o Ministério, o objetivo é oferecer cirurgias com maior precisão, menor perda sanguínea e recuperação mais rápida, reduzindo complicações como incontinência urinária e disfunção erétil.
A portaria também prevê a criação de centros de referência e a expansão de telecirurgias remotas, já testadas com sucesso no país, para garantir padronização e segurança no atendimento.
Um estudo conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o uso da tecnologia robótica pode diminuir em até 25% o risco de impotência no pós-operatório.







